
Os grupos de hackers ligados ao regime da Coreia do Norte continuam a dominar o cenário mundial do cibercrime financeiro, tendo já roubado mais de 6 mil milhões de dólares (USD) em ativos digitais desde 2017, segundo dados de empresas especializadas em segurança cibernética e rastreamento de blockchain, como a Chainalysis e a Elliptic.
Entre os grupos mais temidos está o Lazarus Group, que opera sob ordens diretas de Pyongyang e é responsável por ataques sofisticados contra bolsas de criptomoedas, plataformas DeFi e empresas de tecnologia financeira. Só em 2024, os cibercriminosos norte-coreanos roubaram cerca de 1,34 mil milhões de dólares, o equivalente a 61% de todos os fundos de criptomoeda furtados no mundo nesse ano.
Em 2025, os números continuam alarmantes. Relatórios recentes da Coindesk e da Elliptic indicam que o total roubado este ano já ultrapassa os 2 mil milhões de dólares, consolidando a Coreia do Norte como o país com maior envolvimento em crimes cibernéticos relacionados com criptomoedas.
Especialistas afirmam que os lucros obtidos com estes ataques servem para financiar o programa nuclear e militar do regime de Kim Jong-un, contornando as sanções económicas impostas pelas Nações Unidas.
As autoridades internacionais têm intensificado os esforços para rastrear os fundos e bloquear as carteiras digitais utilizadas pelos hackers, mas a sofisticação das técnicas — que incluem o uso de mixers, falsificação de identidades e transferências em múltiplas redes blockchain — dificulta a recuperação dos valores.
Com o avanço da tecnologia e a expansão do mercado das criptomoedas, os especialistas alertam que a guerra cibernética financeira liderada por Pyongyang deve continuar a crescer, representando um dos maiores desafios para a segurança digital global.



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